sexta-feira, dezembro 26

Cartaz

Foi desenvolvido um cartaz cientíco com a explicação das ferramentas utilizadas pelo grupo no blogue dinamizado no Blogger.Pretende, este cartaz, dar a conhecer as motivações deste grupo no que repeita à temática da Dinamização de uma Ferramenta baseada na Web.
Tentámos fazer uma espécie de cronograma na vida da Web, com as suas diversas versões (1.0 - na qual os utilizadores da Internet eram, essencialmente, consumidores de informação e em que ainformação se processava já de forma rápida mas ainda lenta em compração com o mundo actual - passando para a Web 2.0 - a actual, que nos permite a disponibilização de conteúdos de uma forma rápida, e na qual somos "nós" (os utilizadores de internet) que editamos e trabalhamos nas fontes de informação - dando a ideia e visão futura das novas versões que virão e estarão em prática muito em breve).
Temos a explicação das ferramntas e aplicações utilizadas no blogue.Em termos de grafismo tentamos utilizar um grafismo apelativo, primeiro com cores chamativas (laranja - relativo ao curso), depois com uma imagem que demonstra a nossa escolha pelo Blogger em detrimento do Wordpress, depois ainda com uma analogia da informação anterior de todo o mundo com um globo ao lado de uma esfera feita de teclas na qual queremos retratar a ligação do mundo à ideia da "Blogosfera", um globo 2.0.
Na parte inferior, fazemos referência ao tema que dinamizámos no blogue: "Planeamento e Gestão de Bibliotecas" com uma imagem que foi utilizada num dos posts sobre a temática.

domingo, dezembro 14

Factores acidentais: Estragos causados pelo Homem

Existem algumas causas que estão por detrás da deterioração da documentação entre as quais estão:
· Vandalismo e o pouco cuidado dos leitores: Existem pessoas mal formadas que danificam os documentos escrevendo notas marginais nestes, rasgando páginas dos documentos, danificando folhetos com tinta de caneta ou gordura;
· Manipulação inapropriada da documentação;
· Restauros pouco profissionais.
FLIEDER, Françoise; DUCHEIN, Michel – Livros e Documentos de Arquivo: Preservação e Conservação. Lisboa: APBAD, 1993. ISBN 972-9067-16-3

Factores acidentais: Os acidentes de origem natural ou de origem acidental

A água deteriora grande parte das vezes a documentação. Isto acontece devido a dois tipos de desastres:
Desastres naturais: inundações de rios ou ribeiros, tempestade e temporais;
Desastres acidentais: fendas no telhado, canalizações danificadas, fendas nas paredes, água usada durante os incêndios, entre outros.
Para evitar a deterioração destes documentos, é necessário que as pessoas responsáveis pelas instituições a ajam de forma rápida e que tomem precauções.
FLIEDER, Françoise; DUCHEIN, Michel – Livros e Documentos de Arquivo: Preservação e Conservação. Lisboa: APBAD, 1993. ISBN 972-9067-16-3

Factores secundários: Parasitas (Roedores)

Estes animais provocam grandes estragos nas bibliotecas e nos arquivos, pois devoram papeis, couros, pergaminhos e colas em pouco tempo.
Em alguns casos, estes animais podem deteriorar até 20% da documentação existente nas bibliotecas e nos arquivos.
FLIEDER, Françoise; DUCHEIN, Michel – Livros e Documentos de Arquivo: Preservação e Conservação. Lisboa: APBAD, 1993. ISBN 972-9067-16-3

Factores secundários: Parasitas (Insectos)

Os insectos que normalmente se encontram e destroem os fundos das bibliotecas e dos arquivos pertencem a diversas espécies, das quais se destacam:

  • Ordem dos Tisanuros - Dentro desta ordem, existe apenas uma espécie que é prejudicial à documentação. Essa espécie faz parte da família dos Lepismas e é designada de Lepisma Saccharina, denominado também de Peixe – de – Prata. A sua alimentação é a base de cola e o amido.
  • Ordem dos Dictioperos – São animais que se desenvolvem em zonas sombrias, húmidas e quentes provocando danos nas encadernações. Estes animais são denominados de Phyllodronia germanica (barata alemã) e Blatta orientalis (barata oriental).
  • Ordens dos Isopteros – Estes insectos são os que mais danos provocam nas habitações, bibliotecas, arquivos e museus. Existem várias espécies, das quais se destacam os Reticulitermes Lucifugus Rossi e os Calotermes Flavicollis. Estes animais destroem parcialmente todo o tipo de mobiliário de madeira. O mais grave é o facto destes animais apenas serem detectados no último momento, devido ao facto de escavarem (fazem buracos nos móveis) no escuro.
  • Ordem dos Psocopeteros – Estes animais atacam a cola e as peles. Podem ser chamados de Tractes Divinatorius ou Piolhos do Livro.
  • Ordens dos Coleópteros – Dentro desta ordem existem as seguintes espécies:
    *Dermestidae – Destrói o couro e as peles dos documentos;
    *Anobiidae, são os insectos vulgarmente chamados de caruncho. Estes insectos danificam a madeira dos arquivos, biblioteca e museus. O Anobium Punctatum e o Anobium Paniceum são as espécies que mais vezes são encontradas nos documentos.
    *Carambucidade – destroem igualmente a madeira, escavando galerias de grande profundidade.
    *Lyctidae – para além de destruírem a madeira, também danificam o couro.
    *Ptinidae – Desta ordem a espécie mais prejudicial para a documentação dos arquivos e bibliotecas são os Ptinus Fur. Estes, destroem o papel, o couro e o cartão.

FLIEDER, Françoise; DUCHEIN, Michel – Livros e Documentos de Arquivo: Preservação e Conservação. Lisboa: APBAD, 1993. ISBN 972-9067-16-3

Factores secundários: Parasitas (Bactérias)

As bactérias são menos vulgares no que toca à sua presença na documentação.
Destas destacam-se as Eubactérias e as Micobactérias:
Dentro da família das Eubactérias as mais vulgares são: Pseudomonas, os Ceulomonas, os Bacilos (normalmente encontram-se no pergaminho, causam marcas castanhas na documentação e liquidificam a documentação).Relativamente às Microbactérias destacam-se os Streptomyces e os Mixobacterianos.
FLIEDER, Françoise; DUCHEIN, Michel – Livros e Documentos de Arquivo: Preservação e Conservação. Lisboa: APBAD, 1993. ISBN 972-9067-16-3

Factores secundários: Parasitas (Fungos)

Existem diversos factores que contribuem para a alteração dos elementos gráficos dos documentos, entre os quais micro – organismos e os insectos, estes parasitas provocam danos mais frequentes e constantes.
Os fungos deterioraram a documentação mais antiga, as estampas, pergaminhos e as encadernações.
Estes fungos são denominados de bolores e expelem pigmentos que mancham a documentação. Foram descobertas mais de 600 espécies, das quais se destacam:
·Ascomicetas (a espécie encontrada mais vezes na documentação é o Chaetomium);
·Adelomicetas (normalmente representados na documentação pelos Penicillium, Aspergillus e o Fusarium);
·Basidiomicetas ( normalmente representados na documentação pelos Gyrophana lacrymans, denominados também por merula ou merula carpideira).
FLIEDER, Françoise; DUCHEIN, Michel – Livros e Documentos de Arquivo: Preservação e Conservação. Lisboa: APBAD, 1993. ISBN 972-9067-16-3

Sistemas Integrados de Gestão para Bibliotecas e Centros de Documentação

A gestão da Biblioteca é hoje muito mais que a disponibilização de um catálogo informatizado. Um verdadeiro Sistema Integrado de Gestão permite às Bibliotecas promover os seus conteúdos, conhecer o público que serve e disponibilizar novos serviços que levam a Biblioteca para lá do seu espaço físico.

As Bibliotecas e Centros de Documentação colocam-se novos desafios e novas necessidades de gestão de conteúdos, na forma de documentos electrónicos, de recursos Internet, de materiais multimédia e de materiais impressos tradicionais.

Como benefícios da implementação destes sistemas de automação, destacam-se:

  • maior eficiência operativa através da optimização dos processos de gestão;
  • acesso remoto dos leitores à informação;
  • implementação de novos serviços de difusão de informação;
  • eficaz gestão dos processos de aquisição;
  • integração de diferentes conteúdos de informação para um acesso comum e uniforme.
A NOVA BASE apresenta uma excelente solução de um sistema de gestão integrada o WinLIB

sábado, dezembro 13

Importância das Bibliotecas Escolares na sociedade actual

As bibliotecas escolares assume um papel importante na sociedade actual, pois possibilita sermos bem sucedidos na chamada era do conhecimento

Tem como principais objectivos dotar os estudantes de competências que lhes possibilitem uma aprendizagem sólida ao longo da vida, permitindo-lhes tornaram-se cidadãos mais responsáveis, conscientes das suas obrigações.

As bibliotecas escolares disponibilizam serviços de aprendizagem, livros e recursos que permitem a todos os alunos de uma comunidade escolar tornarem-se pensadores críticos e utilizadores efectivos da informação em todos os suportes e meios de comunicação.

As bibliotecas escolares articulam-se com as redes de informação e de bibliotecas de acordo com os princípios do Manifesto da Biblioteca Pública da UNESCO, sendo por isso uma garantia de qualidade acrescida.

Os materiais complementam e enriquecem os manuais escolares, melhorando as metodologias de ensino.

Está comprovado que quando os bibliotecários e os professores trabalham em conjunto, os estudantes alcançam níveis mais elevados de literacia, leitura, aprendizagem, resolução de problemas e competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação.

As bibliotecas escolares devem disponibilizar os seus serviços de igual modo a todos os membros da comunidade escolar, independentemente da idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua e estatuto profissional ou social, garantindo desta forma que todos têm acesso à informação sem excepção.

O acesso aos serviços e colecções deve orientar-se pela Declaração Universal dos Direitos e Liberdades do Homem das Nações Unidas e não deverá ser sujeito a nenhuma forma de censura ideológica, política ou religiosa ou as pressões comerciais.

sexta-feira, dezembro 12

Estatísticas e avaliação da qualidade e do desempenho em bibliotecas e serviços de informação : investigações recentes e novos projectos

As estatísticas e a avaliação do desempenho que decorrem das actividades de uma biblioteca ou serviço de informação podem ser dados muito relevantes nas tomadas de decisão de bibliotecários e gestores de informação. Esta comunicação pretende evidenciar conceitos, metodologias e investigações das técnicas de aferição dirigidas para uma melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados. Nas últimas décadas, foram estabelecidos indicadores para quantificar os serviços tradicionais das bibliotecas. No início do século XXI, os projectos e iniciativas de avaliação envolvem as novas tecnologias de informação e comunicação que vieram transformar por completo o panorama do ambiente de trabalho das bibliotecas. Perante a rápida mudança que se tem observado nos serviços e nas fontes de informação em rede, as bibliotecas têm de adoptar novas estratégias e é nessa perspectiva que se integram os estudos actuais de avaliação.
Para obter informações detalhadas acerca deste estudo consultar o link abaixo referenciado.
http://eprints.rclis.org/4156/1/EstAvalBSI_LM_2004.pdf

segunda-feira, dezembro 8

Biblioteca fora de portas, em “rede”

Já aqui falamos em bibliotecas, serviços para os leitores, do interesse em cativar novos leitores, dinamização de espaços culturais no sentido de melhor servir o utilizador.
As bibliotecas de concelhia têm a possibilidade de criar uma espécie de rede interbibliotecária no concelho com diversos pólos de leitura, podendo estas ser dependências directas da biblioteca municipal (como é o exemplo da
rede municipal de bibliotecas de Palmela ou da rede municipal de bibliotecas de Lisboadocumento explicativo) ou até mesmo uma espécie de pequena rede de outras bibliotecas de outro âmbito mas relacionadas com a Biblioteca Municipal como é o exemplo da Rede de Bibliotecas Escolares, em que as bibliotecas escolares têm relação estreita com a Biblioteca Municipal em que existe partilha de recursos (técnicos – com a partilha de um mesmo catálogo informatizado, de conhecimento – com a partilha de informação entre técnicos profissionais de biblioteca, de fundo – com a partilha de fundos documentais, de serviços – com algumas redes deste tipo a acordarem a existência de um cartão único de leitor que faz com que a filiação numa destas bibliotecas (escolar, municipal ou pólo de leitura) possibilite o usufruto dos serviços e fundos para empréstimo das outras bibliotecas.
Uma outra possibilidade de levar os serviços e os fundos da biblioteca fora de portas de forma a servir os leitores, é a tipologia de bibliotecas sazonais (bibliotecas de praia, de jardim, de café).
O exemplo das bibliotecas de praia da Póvoa de Varzim (+
aqui, aqui, aqui, imgs) que tiveram início em 1999 com um pólo e, actualmente, conta com dois locais, abre ao público somente na época de veraneio para permitir que os leitores não tenham de se deslocar à biblioteca municipal. As leituras de prazer e mais práticas são o mote para visitar estes espaços.
Outro exemplo acima citado é a biblioteca de jardim (
Biblioteca de Jardim da Póvoa de Varzim, + aqui) que se abre ao público para ocupar espaços emblemáticos ou para se aproximar do público – à imagem do que acontece com as bibliotecas de praia. Há muitos anos, a Biblioteca de Lisboa disponibilizou várias bibliotecas de jardim para que os mais carenciados tivessem acesso aos livros tal como os ilustres senhores da sociedade também tinham. Para além de levar os serviços da biblioteca para onde o público mais carenciado ia ou passava (já que a biblioteca era vista como um espaço de elites).
Por fim, as bibliotecas de café, normalmente levam os livros aos espaços onde (numa opinião pessoal) os portugueses passam mais tempo. Um pouco à imagem do que já falamos sobre as bibliotecas do conceito da
FNAC, as bibliotecas de café fazem acompanhar um café com umas páginas de leitura – criando mais uma forma da biblioteca sair das suas fronteiras físicas.
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Biblioteca de Praia

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Biblioteca de Jardim

A biblioteca do Parque del Retiro em Madrid, inaugurada em 1919, e que inspirou a revista Ilustração Portugueza a sugerir uma do mesmo tipo nos jardins de S. Pedro de Alcantara, da Escola Politécnica (Jardim Botânico) e da Estrela. fonte: Illustração Portugueza, n.º 718 (24 Nov. 1919), p. 405
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Biblioteca de Café

fonte

domingo, dezembro 7

Que serviços deve, uma Biblioteca, oferecer?

Ao nível da infraestrutura, ao "construir-se" uma biblioteca devemos ter em atenção os seguintes itens:
  1. A biblioteca enquanto lugar de aprendizagem e pesquisa;
  2. A qualidade do fundo;
  3. A qualidade dos funcionários;
  4. A qualidade do Website.

quarta-feira, dezembro 3

Como ler

Em 1987, Jacqueline Gascuel, no seu “Um espaço para o livro” tinha escrito sobre a forma como os leitores de uma biblioteca decidiam permanecer os espaços.
Há diferentes formas de ler ou estar numa biblioteca. O conceito actual de espaço de leitura segue o que a autora preconizou então.
Senão vejamos o exemplo das lojas FNAC, um dos melhores conceitos de espaços de leitura, na minha opinião.
Para os espaços infantis, os pufes que permitem que os mais jovens possam estar “à-vontade” e na sua maneira mais descontraída para ler.
Na altura em que o livro atrás referido foi escrito, também a forma descontraída como os mais adultos escolhem para as leituras de prazer, foi tida em conta.
É permitida a leitura em pé com o livro apoiado numa prateleira (para as consultas mais rápidas), sentado numa cadeira com apoio de uma mesa (estudo e pesquisa), sentado num sofá, num pufe, em almofadas ou mesmo numa alcatifa (para a leituras descontraídas), num sofá ou numa cadeira com uma mesa grande para a leitura de periódicos (para os jornais de formato maior). Há uma passagem no livro que revela que algumas sessões ou acções de formação decorrem em escadarias em que os formandos ficam sentados em almofadas dispostas nos degraus.
Todas as formas que o leitor decide tomar e sejam aceites pela conduta social, devem ser também aceites pela instituição, salvaguardando, repito, a conduta social.
Tal como os direitos inalienáveis do leitor ditam…

“1. O direito de não ler
2. O direito de saltar páginas
3. O direito de não acabar um livro
4. O direito de reler
5. O direito de ler não importa o quê
6. O direito de amar os heróis dos romances
7. O DIREITO DE LER NÃO IMPORTA ONDE
8. O direito de saltar de livro em livro
9. O direito de ler em voz alta
10. O direito de não falar do que se leu.”

… os direitos, são do leitor.

Espaços de uma biblioteca

Aqui fica uma série de fotografias de uma biblioteca no que respeita a alguns aspectos tratados neste trabalho.
rampas de acesso
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espaços exteriores agradáveis
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espaços para exposições
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espaços amplos para o fundo em livre acesso
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espaços interiores de leitura
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arquitectura de vanguarda
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Todas as imagens têm direitos reservados.
(c) Hélder Jesus 2008

terça-feira, dezembro 2

Factores fundamentais: poluição

Quanto à poluição ainda não existe nenhum aparelho despoluidor como desumidificador no que toca à humidade relativa. A melhor forma que existe para evitar que a poluição entre nas bibliotecas é através da calafetagem de todas as frinchas de uma biblioteca. Para além de se estabilizar a humidade relativa não permite que a poluição entre.[1]
[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

sábado, novembro 22

Factores fundamentais: climatização

No que toca à climatização, este é um sistema capaz de controlar automaticamente a temperatura, a humidade relativa e purificar o ar, basicamente consiste em um equipamento que gera calor e frio, humidifica e filtra o ar.[1]
[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

terça-feira, novembro 18

Factores fundamentais: Humidade

A medição da humidade relativa realiza-se através de um aparelho que denomina de psicómetro. Este aparelho funciona através da diferença da leitura de dois termómetros: termómetro de bolbo seco e termómetro de bolbo húmido (o bolbo deste encontra-se no meio de uma gaze).
Para se medir a humidade relativa molha-se a gaze do termómetro de bolbo húmido em água destilada e de seguida passa-se os dois termómetros por um ventilador por forma a que passe uma corrente de ar ambiente entre os dois. Depois de alguns minutos verificar-se-á a diferença de leitura dos dois termómetros e será obtida a humidade relativa.
De salientar a existência de mais dois aparelhos que medem a humidade relativa:
· Higrómetro – Apenas mede a humidade relativa;
· Termohidrógrafo – para além de medir a humidade relativa, mede também a temperatura.
Quando existe humidade relativa numa biblioteca devemos corrigi-la aumentando-a ou diminuindo-a.
A diminuição executa-se de duas formas: desumidificação ou aquecimento.
Os desumidificadores reduzem a taxa de vapor de água existente no ar (humidade absoluta). Existem dois tipos no mercado: os desumidificadores de condensação (condensam o vapor de água para a sua forma de estado liquido) e os de absorção (absorve a humidade do ar).
Relativamente aos humidificadores, estes podem ser de três tipos:
· Pulverizadores de água: são ventiladores que aspiram o ar seco e o forçam a entrar num difusor alimentado a água por uma bomba centrifuga.
· Humidificadores por evaporação: é um aparelho cujo interior é preenchido por uma esponja que gira lentamente num reservatório de água, ou seja, o ar seco ao atravessar a esponja húmida é expelido para o ambiente externo enriquecido em humidade.
· Ventilação: Esta permite a inserção de ar quase puro e pode ainda ser aquecido ou arrefecido. Este tipo de ventilação é constituído por filtros de ar, bateria de aquecimento, dispositivo de arrefecimento, humidificação, e ventilador de extracção de ar.[1]

[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

domingo, novembro 16

Factores fundamentais: Luz

Existe a necessidade de medir a quantidade de luz que incide sobre um objecto. Para se medir essa luz é necessária a presença de uma unidade (LÚMEN), que irá medir o fluxo de luminosidade emitido por um corpo, e a presença de uma unidade (LUX, tem como valor máximo aconselhável de 150 lux e um mínimo de 50 lux para assegurar a conservação dos documentos e mede-se através de um aparelho luximetro), que mede a quantidade de luz que incide num determinado objecto. Esta quantidade de luz designa-se de nível de iluminação e corresponde a um fluxo de LÚMEN por metro.
Existem também os filtros UV (ultravioleta) que eliminam uma percentagem das radiações ultravioletas (estas radiações medem-se em microwatt através de um monitor Crowford e o valor máximo aceite para garantir a conservação dos documentos ao longo do tempo é de 70 w/lu). Há vários tipos de filtros: folhas que se colocam directamente nos vidros, em placas usadas em vitrinas, entre outros; cortinados em pano cru ou linho e a reflexão.
Existem 3 tipos de iluminação: a luz natural, as lâmpadas incandescentes e as lâmpadas fluorescentes.[1]

[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

Conservação preventiva

Este tipo de conservação existe de forma a definir vários meios para controlar e eliminar os factores de degradação de bibliotecas. Estes factores estão classificados segundo a sua gravidade e a partir desta pode optar-se pelos meios que melhor se ajustem aos factores de degradação.
Os factores são:
· Factores fundamentais: Luz, poluição, humidade e temperatura;
· Factores secundários: Parasitas;
· Factores acidentais: derivam de meios técnicos e acções humanas...[1]
[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

Serviços em bibliotecas

Mobiliário - apontamento

No que diz respeito ao mobiliário, e à escolha do fornecedor, posso também acrescentar que o factor da continuidade deve ser tido em conta.
Isto é, quando, na montagem de um espaço, pensamos na decisão de escolha do fornecedor, para além de questões já atrás referidas (preço, qualidade, por exemplo), ha que ter em conta as linhas de mobiliário com visão de futuro.
Não será aconselhável escolher um fornecedor que não dá garantias de continuidade da linha de mobiliário escolhida.
Os espaços precisarão de manutenção ou por vezes, de crescer. Outras vezes a modificação da dinâmica de uma sala, implica a compra de mais mobiliário, ora isso implica que a linha do mobiliário a comprar será a mesma.
Com isto, é pertinente ter em conta este factor na escolha do fornecedor do mobiliário.

Mobiliário para Bibliotecas

Quando uma determinada pessoa pretende escolher o mobiliário para uma biblioteca, esta deve ter em conta os aspectos técnicos e a quantificação precisos para organizar o espaço em função dos fundos documentais que irão existir na biblioteca e certificar-se do conforto do utilizador.
Assim este deve ter em conta a altura das estantes, visto que o utilizador é atraído pelos documentos que se encontram no seu ângulo de visão; as dimensões das prateleiras: a altura determina o espaçamento entre diferentes prateleiras e a largura determina a profundidade das mesmas. Deve ter-se especial atenção a um pormenor importante pois relativamente à altura, esta ajusta-se a qualquer que seja o tamanho do documento devido ao facto de os montantes perfurados permitirem o afastamento necessário entre prateleiras para o acondicionamento adequado de determinado documento, já a largura não pode ser alterada. Desta forma pode escolher-se de entre duas opções: a primeira é a escolha de diferentes estantes para diferentes formatos e a segunda é a escolha de prateleiras de profundidade única. Esta última é a escolha mais usual nas bibliotecas que dispõem de acervos em livre acesso pois respeita a ordem de classificação dos documentos.
Deve ter-se também em atenção a disposição das estantes, ou seja, as estantes devem ser dispostas de acordo com os trajectos que os utilizadores e o pessoal da biblioteca irão realizar. Por exemplo, para que exista uma circulação fluente é necessário que o espaçamento mínimo entre estantes seja de 60cm; para que um carro de livros possa circular à vontade são necessários 70cm; um utilizador necessita de 80cm para se posicionar à frente da estante e conseguir ler a lombada dos livros; 90cm para se baixar; 1m para se sentar à frente de uma prateleira de consulta, 1,10m para retirar uma gaveta da prateleira e pesquisar os documentos presentes na mesma, entre outras situações possíveis.
Antes que um arquitecto faça o seu projecto, é necessário realizar-se um estudo relativo ao acervo documental da biblioteca para se obter uma pequena ideia das estantes necessárias a implementar na mesma.
Não menos importante será a escolha do fornecedor. Caso se trate de uma biblioteca de grande dimensão, convém adquirir o mobiliário a uma empresa de carácter industrial, devido à produção em série pode obter-se uma boa relação qualidade/preço. As bibliotecas de pequena dimensão (500m2) devem encomendar o mobiliário a empresas de carácter artesanal ou aos serviços técnicos municipais.
[1]
[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

sexta-feira, novembro 14

Ainda sobre arquitectura - opinião


Há tempos, quando ainda não se tinha (pelo menos em Portugal) visão conjunta pra a construção de um bibioteca no que rewspeita ao trabalho colaborativo entre bibliotecários e artquitectos, notava-se uma certa falta de funcionalidade dos espaços.
Conheci a Biblioteca Barbosa Romero da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, no âmbito de uma formação.
Como podemos ver na foto, podemos constatar que o espaço se encontra dividido.
As estantes com os livros estão separadas por mais de cinquenta metros, e há cursos relacionados com diversas temáticas que devido à sua organização na Classificação Decimal Universal não estão próximas o que faz com os alunos tenham de percorrer o espaço de ujm lado para o outro para copnseguirem reunir a bibliografia que desejam.
Existe uma área na parte superior da sala com madeira, espaços que podia ser aproveitados para estantes mas que, por motivos de "aspecto arquitectónico" não foram para esse fim.
No que diz respeito à luminosidade, na parte inferior da sala, há mesas de consulta que recebem luz directa do sol durante toda a tarde o que faz com que os estudantes não frequentem essas mesas nos meses com mais sol.
Quando se projecta uma biblioteca (tal como outro espaço) é necessário enquadrar o aspecto arquitectónico com a funcionalidade, com os serviços, com a luz directa, etc.
Nesta Biblioteca, numa opinião pessoal, penso que falhou a interacção entre arquitecto e bibliotecário.
Os espaços superiores podiam ter sido melhor aproveitados, a disposição das prateleiras para os livros (que os torna muito distantes) podia ter sido melhor pensada se o espaço fosse pensado para o efeito que provoca no serviço antes mesmo da preocupação arquitectónica.
No que diz respeito à luminosidade, penso que a melhor luz é a natural, no entanto, a luz directa do sol não é sempre agradável (por exemplo, para estudar durante uma tarde de Verão).
A oritentação deste espaço, certamente foi pensado por alguém qe estudou, mas podia ter sido pensada uma forma de proteger quem nas mesas vai estudar.
Fica mais uma opinião.
HJ

terça-feira, novembro 11

Arquitectura em Bibliotecas

Aqui demonstro um pouco do que uma nova biblioteca pode oferecer em termos de arquitectura. Luz, espaço, funcionalidade, conforto, o prazer de estar...
Um vídeo que encontrei numa das minhas pesquisas no YouTube e que mostra a Biblioteca Municipal de Ílhavo.
A Biblioteca Municipal de Ílhavo, foi projectada por Nuno e José Mateus, e foi distinguida com um dos mais prestigiados prémios de arquitectura - o Good Design - do Chicago Athenaeum - Museu de Arquitectura e Design.
Este edifício, construído numa zona urbanística "complicada", é um complexo em termos de origem, isto é, possui uma parte construída de raiz e outra resultante da reabilitação de um espaço antigo (Capela do Solar de visconde de Almeida, datada do século XVIII).
No novo edifício funciona a Biblioteca e seus serviços de atendimento e tratamento técnico, no Solar funcionam os serviços administrativos e na Capela decorrem alguns eventos (apresentações de livros, por exemplo !?!)
Sugestão de visita

Implementação de uma Biblioteca – opinião

Quando se pensa em instalar uma biblioteca numa comunidade, deve ter-se em conta o estudo do local. Para cativar o público é necessário que esta esteja próxima dos centros urbanos (e escolares, defendo eu).
Tenho a sorte de trabalhar numa biblioteca que está implantada bem no meio da trama de edifícios escolares.
É por aqui que se começa. Claro que interessa que todo o tipo de público frequente a biblioteca, mas os “mais necessitados” em termos de informação são os estudantes (não generalizando).
O actual edifício da
Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim, abriu ao público em 1991. Está próximo de duas escolas secundárias, uma preparatória e uma primária, para além de estar bem próxima de um bairro social. Assim como a Biblioteca Municipal de Valença se encontra bem próxima das escolas da cidade.
Num comentário meramente opinativo, acho que estão no sítio certo.
A nova
Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, que abriu ao público em Janeiro do corrente, está instalada num local privilegiado da cidade – junto ao rio. Em termos de ambiência geral está num local que convida à leitura.
No que respeita, por exemplo à
Biblioteca Municipal de Valongo, está numa área nova da cidade, no entanto, fica distanciada do núcleo central e separada deste por uma auto-estrada. (Até fica na Avenida do Conhecimento mas este não precisava de ficar tão longe da população).
O que venho com este tema dizer é que a localização da biblioteca influencia ou pode influenciar a política, objectivos e a estratégia para o serviço de uma biblioteca pública.

domingo, novembro 9

Por falar em acessibilidade

Todos temos direito à informação.
Como já foi aqui referido, as bibliotecas têm de criar condições para que a informação chegue a todos sem excepção.
Neste vídeo, mostramos um biblioteca que disponibiliza, aos invisuais todas as condições de leitura. A Biblioteca Louis Braille.
Pode ver aqui a relação de livros existentas na Biblioteca Louis Braille, do Instituto Benjamin Constant.
Saber mais sobre Braille: aqui, aqui e aqui.
Quem foi Louis Braille.

sábado, novembro 8

O acesso em Bibliotecas

As bibliotecas de hoje têm de estar disponíveis e acessíveis a todos. Sejamos diferentes de qualquer maneira, o espaço da biblioteca deve ser apropriado para receber todo o tipo de público. No planeamento de uma biblioteca, é necessário que os utilizadores de uma biblioteca não se sintam perdidos no espaço nem no meio da informação.

O edifício que acolhe um serviço como o de uma biblioteca deve ser atractivo, deve convidar a estar.

A biblioteca como porta de acesso ao conhecimento deve ser agradável.

Se uma das missões da biblioteca é instruir e ajudar no desenvolvimento cultural do indivíduo e da comunidade onde se encontra inserida, então o seu edifício deve, por si só ser o convite à realização desta motivação.

“Os serviços têm de ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade. Isto pressupõe a existência de edifícios bem situados, boas condições para a leitura e o estudo, assim como o acesso a tecnologias adequadas e horários convenientes para os utilizadores. Implica igualmente serviços destinados àqueles a quem é impossível frequentar a biblioteca.”[1]

Baseado no Manifesto das Bibliotecas Públicas elaborado pela IFLA (International Feredation of Library Associations and Institutions).

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Vídeo do YouTube sobre a forma como indivíduo se pode sentir perdido no meio do mundo da informação.

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[1]IFLA/UNESCO – Public Library Manifesto, 1994 = Manifesto da Ifla / Unesco sobre Bibliotecas Públicas, 1994. [Em linha]. [Consult. em 08 Novembro 2008]. Disponível na Internet em: http://www.ifla.org/VII/s8/unesco/port.htm