sábado, novembro 22

Factores fundamentais: climatização

No que toca à climatização, este é um sistema capaz de controlar automaticamente a temperatura, a humidade relativa e purificar o ar, basicamente consiste em um equipamento que gera calor e frio, humidifica e filtra o ar.[1]
[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

terça-feira, novembro 18

Factores fundamentais: Humidade

A medição da humidade relativa realiza-se através de um aparelho que denomina de psicómetro. Este aparelho funciona através da diferença da leitura de dois termómetros: termómetro de bolbo seco e termómetro de bolbo húmido (o bolbo deste encontra-se no meio de uma gaze).
Para se medir a humidade relativa molha-se a gaze do termómetro de bolbo húmido em água destilada e de seguida passa-se os dois termómetros por um ventilador por forma a que passe uma corrente de ar ambiente entre os dois. Depois de alguns minutos verificar-se-á a diferença de leitura dos dois termómetros e será obtida a humidade relativa.
De salientar a existência de mais dois aparelhos que medem a humidade relativa:
· Higrómetro – Apenas mede a humidade relativa;
· Termohidrógrafo – para além de medir a humidade relativa, mede também a temperatura.
Quando existe humidade relativa numa biblioteca devemos corrigi-la aumentando-a ou diminuindo-a.
A diminuição executa-se de duas formas: desumidificação ou aquecimento.
Os desumidificadores reduzem a taxa de vapor de água existente no ar (humidade absoluta). Existem dois tipos no mercado: os desumidificadores de condensação (condensam o vapor de água para a sua forma de estado liquido) e os de absorção (absorve a humidade do ar).
Relativamente aos humidificadores, estes podem ser de três tipos:
· Pulverizadores de água: são ventiladores que aspiram o ar seco e o forçam a entrar num difusor alimentado a água por uma bomba centrifuga.
· Humidificadores por evaporação: é um aparelho cujo interior é preenchido por uma esponja que gira lentamente num reservatório de água, ou seja, o ar seco ao atravessar a esponja húmida é expelido para o ambiente externo enriquecido em humidade.
· Ventilação: Esta permite a inserção de ar quase puro e pode ainda ser aquecido ou arrefecido. Este tipo de ventilação é constituído por filtros de ar, bateria de aquecimento, dispositivo de arrefecimento, humidificação, e ventilador de extracção de ar.[1]

[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

domingo, novembro 16

Factores fundamentais: Luz

Existe a necessidade de medir a quantidade de luz que incide sobre um objecto. Para se medir essa luz é necessária a presença de uma unidade (LÚMEN), que irá medir o fluxo de luminosidade emitido por um corpo, e a presença de uma unidade (LUX, tem como valor máximo aconselhável de 150 lux e um mínimo de 50 lux para assegurar a conservação dos documentos e mede-se através de um aparelho luximetro), que mede a quantidade de luz que incide num determinado objecto. Esta quantidade de luz designa-se de nível de iluminação e corresponde a um fluxo de LÚMEN por metro.
Existem também os filtros UV (ultravioleta) que eliminam uma percentagem das radiações ultravioletas (estas radiações medem-se em microwatt através de um monitor Crowford e o valor máximo aceite para garantir a conservação dos documentos ao longo do tempo é de 70 w/lu). Há vários tipos de filtros: folhas que se colocam directamente nos vidros, em placas usadas em vitrinas, entre outros; cortinados em pano cru ou linho e a reflexão.
Existem 3 tipos de iluminação: a luz natural, as lâmpadas incandescentes e as lâmpadas fluorescentes.[1]

[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

Conservação preventiva

Este tipo de conservação existe de forma a definir vários meios para controlar e eliminar os factores de degradação de bibliotecas. Estes factores estão classificados segundo a sua gravidade e a partir desta pode optar-se pelos meios que melhor se ajustem aos factores de degradação.
Os factores são:
· Factores fundamentais: Luz, poluição, humidade e temperatura;
· Factores secundários: Parasitas;
· Factores acidentais: derivam de meios técnicos e acções humanas...[1]
[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

Serviços em bibliotecas

Mobiliário - apontamento

No que diz respeito ao mobiliário, e à escolha do fornecedor, posso também acrescentar que o factor da continuidade deve ser tido em conta.
Isto é, quando, na montagem de um espaço, pensamos na decisão de escolha do fornecedor, para além de questões já atrás referidas (preço, qualidade, por exemplo), ha que ter em conta as linhas de mobiliário com visão de futuro.
Não será aconselhável escolher um fornecedor que não dá garantias de continuidade da linha de mobiliário escolhida.
Os espaços precisarão de manutenção ou por vezes, de crescer. Outras vezes a modificação da dinâmica de uma sala, implica a compra de mais mobiliário, ora isso implica que a linha do mobiliário a comprar será a mesma.
Com isto, é pertinente ter em conta este factor na escolha do fornecedor do mobiliário.

Mobiliário para Bibliotecas

Quando uma determinada pessoa pretende escolher o mobiliário para uma biblioteca, esta deve ter em conta os aspectos técnicos e a quantificação precisos para organizar o espaço em função dos fundos documentais que irão existir na biblioteca e certificar-se do conforto do utilizador.
Assim este deve ter em conta a altura das estantes, visto que o utilizador é atraído pelos documentos que se encontram no seu ângulo de visão; as dimensões das prateleiras: a altura determina o espaçamento entre diferentes prateleiras e a largura determina a profundidade das mesmas. Deve ter-se especial atenção a um pormenor importante pois relativamente à altura, esta ajusta-se a qualquer que seja o tamanho do documento devido ao facto de os montantes perfurados permitirem o afastamento necessário entre prateleiras para o acondicionamento adequado de determinado documento, já a largura não pode ser alterada. Desta forma pode escolher-se de entre duas opções: a primeira é a escolha de diferentes estantes para diferentes formatos e a segunda é a escolha de prateleiras de profundidade única. Esta última é a escolha mais usual nas bibliotecas que dispõem de acervos em livre acesso pois respeita a ordem de classificação dos documentos.
Deve ter-se também em atenção a disposição das estantes, ou seja, as estantes devem ser dispostas de acordo com os trajectos que os utilizadores e o pessoal da biblioteca irão realizar. Por exemplo, para que exista uma circulação fluente é necessário que o espaçamento mínimo entre estantes seja de 60cm; para que um carro de livros possa circular à vontade são necessários 70cm; um utilizador necessita de 80cm para se posicionar à frente da estante e conseguir ler a lombada dos livros; 90cm para se baixar; 1m para se sentar à frente de uma prateleira de consulta, 1,10m para retirar uma gaveta da prateleira e pesquisar os documentos presentes na mesma, entre outras situações possíveis.
Antes que um arquitecto faça o seu projecto, é necessário realizar-se um estudo relativo ao acervo documental da biblioteca para se obter uma pequena ideia das estantes necessárias a implementar na mesma.
Não menos importante será a escolha do fornecedor. Caso se trate de uma biblioteca de grande dimensão, convém adquirir o mobiliário a uma empresa de carácter industrial, devido à produção em série pode obter-se uma boa relação qualidade/preço. As bibliotecas de pequena dimensão (500m2) devem encomendar o mobiliário a empresas de carácter artesanal ou aos serviços técnicos municipais.
[1]
[1] GASCUEL, Jacqueline – Um espaço para o livro: como criar, animar ou renovar uma biblioteca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987.

sexta-feira, novembro 14

Ainda sobre arquitectura - opinião


Há tempos, quando ainda não se tinha (pelo menos em Portugal) visão conjunta pra a construção de um bibioteca no que rewspeita ao trabalho colaborativo entre bibliotecários e artquitectos, notava-se uma certa falta de funcionalidade dos espaços.
Conheci a Biblioteca Barbosa Romero da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, no âmbito de uma formação.
Como podemos ver na foto, podemos constatar que o espaço se encontra dividido.
As estantes com os livros estão separadas por mais de cinquenta metros, e há cursos relacionados com diversas temáticas que devido à sua organização na Classificação Decimal Universal não estão próximas o que faz com os alunos tenham de percorrer o espaço de ujm lado para o outro para copnseguirem reunir a bibliografia que desejam.
Existe uma área na parte superior da sala com madeira, espaços que podia ser aproveitados para estantes mas que, por motivos de "aspecto arquitectónico" não foram para esse fim.
No que diz respeito à luminosidade, na parte inferior da sala, há mesas de consulta que recebem luz directa do sol durante toda a tarde o que faz com que os estudantes não frequentem essas mesas nos meses com mais sol.
Quando se projecta uma biblioteca (tal como outro espaço) é necessário enquadrar o aspecto arquitectónico com a funcionalidade, com os serviços, com a luz directa, etc.
Nesta Biblioteca, numa opinião pessoal, penso que falhou a interacção entre arquitecto e bibliotecário.
Os espaços superiores podiam ter sido melhor aproveitados, a disposição das prateleiras para os livros (que os torna muito distantes) podia ter sido melhor pensada se o espaço fosse pensado para o efeito que provoca no serviço antes mesmo da preocupação arquitectónica.
No que diz respeito à luminosidade, penso que a melhor luz é a natural, no entanto, a luz directa do sol não é sempre agradável (por exemplo, para estudar durante uma tarde de Verão).
A oritentação deste espaço, certamente foi pensado por alguém qe estudou, mas podia ter sido pensada uma forma de proteger quem nas mesas vai estudar.
Fica mais uma opinião.
HJ

terça-feira, novembro 11

Arquitectura em Bibliotecas

Aqui demonstro um pouco do que uma nova biblioteca pode oferecer em termos de arquitectura. Luz, espaço, funcionalidade, conforto, o prazer de estar...
Um vídeo que encontrei numa das minhas pesquisas no YouTube e que mostra a Biblioteca Municipal de Ílhavo.
A Biblioteca Municipal de Ílhavo, foi projectada por Nuno e José Mateus, e foi distinguida com um dos mais prestigiados prémios de arquitectura - o Good Design - do Chicago Athenaeum - Museu de Arquitectura e Design.
Este edifício, construído numa zona urbanística "complicada", é um complexo em termos de origem, isto é, possui uma parte construída de raiz e outra resultante da reabilitação de um espaço antigo (Capela do Solar de visconde de Almeida, datada do século XVIII).
No novo edifício funciona a Biblioteca e seus serviços de atendimento e tratamento técnico, no Solar funcionam os serviços administrativos e na Capela decorrem alguns eventos (apresentações de livros, por exemplo !?!)
Sugestão de visita

Implementação de uma Biblioteca – opinião

Quando se pensa em instalar uma biblioteca numa comunidade, deve ter-se em conta o estudo do local. Para cativar o público é necessário que esta esteja próxima dos centros urbanos (e escolares, defendo eu).
Tenho a sorte de trabalhar numa biblioteca que está implantada bem no meio da trama de edifícios escolares.
É por aqui que se começa. Claro que interessa que todo o tipo de público frequente a biblioteca, mas os “mais necessitados” em termos de informação são os estudantes (não generalizando).
O actual edifício da
Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim, abriu ao público em 1991. Está próximo de duas escolas secundárias, uma preparatória e uma primária, para além de estar bem próxima de um bairro social. Assim como a Biblioteca Municipal de Valença se encontra bem próxima das escolas da cidade.
Num comentário meramente opinativo, acho que estão no sítio certo.
A nova
Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, que abriu ao público em Janeiro do corrente, está instalada num local privilegiado da cidade – junto ao rio. Em termos de ambiência geral está num local que convida à leitura.
No que respeita, por exemplo à
Biblioteca Municipal de Valongo, está numa área nova da cidade, no entanto, fica distanciada do núcleo central e separada deste por uma auto-estrada. (Até fica na Avenida do Conhecimento mas este não precisava de ficar tão longe da população).
O que venho com este tema dizer é que a localização da biblioteca influencia ou pode influenciar a política, objectivos e a estratégia para o serviço de uma biblioteca pública.

domingo, novembro 9

Por falar em acessibilidade

Todos temos direito à informação.
Como já foi aqui referido, as bibliotecas têm de criar condições para que a informação chegue a todos sem excepção.
Neste vídeo, mostramos um biblioteca que disponibiliza, aos invisuais todas as condições de leitura. A Biblioteca Louis Braille.
Pode ver aqui a relação de livros existentas na Biblioteca Louis Braille, do Instituto Benjamin Constant.
Saber mais sobre Braille: aqui, aqui e aqui.
Quem foi Louis Braille.

sábado, novembro 8

O acesso em Bibliotecas

As bibliotecas de hoje têm de estar disponíveis e acessíveis a todos. Sejamos diferentes de qualquer maneira, o espaço da biblioteca deve ser apropriado para receber todo o tipo de público. No planeamento de uma biblioteca, é necessário que os utilizadores de uma biblioteca não se sintam perdidos no espaço nem no meio da informação.

O edifício que acolhe um serviço como o de uma biblioteca deve ser atractivo, deve convidar a estar.

A biblioteca como porta de acesso ao conhecimento deve ser agradável.

Se uma das missões da biblioteca é instruir e ajudar no desenvolvimento cultural do indivíduo e da comunidade onde se encontra inserida, então o seu edifício deve, por si só ser o convite à realização desta motivação.

“Os serviços têm de ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade. Isto pressupõe a existência de edifícios bem situados, boas condições para a leitura e o estudo, assim como o acesso a tecnologias adequadas e horários convenientes para os utilizadores. Implica igualmente serviços destinados àqueles a quem é impossível frequentar a biblioteca.”[1]

Baseado no Manifesto das Bibliotecas Públicas elaborado pela IFLA (International Feredation of Library Associations and Institutions).

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Vídeo do YouTube sobre a forma como indivíduo se pode sentir perdido no meio do mundo da informação.

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[1]IFLA/UNESCO – Public Library Manifesto, 1994 = Manifesto da Ifla / Unesco sobre Bibliotecas Públicas, 1994. [Em linha]. [Consult. em 08 Novembro 2008]. Disponível na Internet em: http://www.ifla.org/VII/s8/unesco/port.htm

quarta-feira, novembro 5

Termo de Abertura

Este é um Blogue criado no âmbito da disciplina de Aplicações Informáticas do 3º ano da Licenciatura em Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação, da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão - Vila do Conde, Instituto Politécnico do Porto.
Este trabalho versa sobre duas temáticas: a utilização de uma ferramenta baseada na web 2.0 (e sua dinamização) no que respeita à área das Aplicações Informáticas, e nos conteúdos sobre "Planeamento e gestão de bibliotecas e de serviços de documentação e informação", no âmbito da disciplina de Formação Avançada em Biblioteca, do mesmo curso.
Será dinamizado por quatro alunos do referido curso e avaliado pelos docentes das duas acima citadas.
Pelos alunos:
Bruno Sousa - 9060362
Hélder Jesus - 9060018
João Santos - 9060288
Com os docentes:
Eng. Lino Oliveira (Aplicações Informáticas)
Dr.ª Anabela Serrano (Formação Avançada em Biblioteca)